Em cerca de quatro horas de reunião em Brasília, na maior parte a portas fechadas, a presidente Dilma Rousseff (PT) pediu a 26 governadores e uma vice-governadora um pacto de governabilidade e ajuda junto às bancadas federais dos Estados para impedir a aprovação de projetos da chamada “pauta bomba” no Congresso Nacional. O governador Raimundo Colombo (PSD) deixou o encontro defendendo apoio ao Planalto nas votações e também ao ajuste fiscal. Na parte aberta à imprensa — e transmitida ao vivo pelos veículos oficiais —, a presidente discursou para o grupo heterogêneo, que reunia desde aliados como o mineiro Fernando Pimentel (PT) até os oposicionistas Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Beto Richa (PSDB), do Paraná. No encontro fechado, apenas governadores e ministros participaram. Colombo foi escolhido para falar pelos governadores da região Sul. Entre os principais temas colocados em pauta, estava a reforma do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS), maior fonte de arrecadação dos Estados. Após o encontro, o governador catarinense foi um dos cinco escolhidos para falar na entrevista coletiva. Foi enfático na necessidade de auxiliar Dilma a desarmar a “pauta bomba”, incluindo nela a manutenção do veto presidencial ao reajuste salarial de 53% a 78,5% aos servidores do Poder Judiciário — com efeito cascata nos Estados. Colombo também antecipou que foi agendada para setembro uma reunião da presidente com os governadores do Sul em Porto Alegre (RS).